De quem é a vida, afinal?

Ken Harrison (Richard Dreyfuss), o paciente tetraplégico que vai à Justiça lutar pelo direito de antecipar sua morte contra o médico que pretende mantê-lo vivo contra a sua vontade

Sinopse: Ken Harrison (Richard Dreyfuss) é um escultor que fica tetraplégico após um acidente de carro. Ele está incapacitado para sempre de andar, mexer os braços, se alimentar, fazer amor ou operar as próprias necessidades fisiológicas sem ajuda. “Eu sempre me expressei por meio das minhas mãos. Isso nunca mais vai acontecer. No entanto, meu cérebro continua ativo aqui dentro, com a minha arte, que eu jamais conseguirei expressar de novo. Isso é uma tortura”, diz Ken.

Depois de 6 meses imobilizado sobre uma cama de hospital, Ken decide que não quer mais viver daquele jeito. No entanto, ele é fisicamente incapaz de morrer sozinho. O médico-chefe do hospital, Dr. Emerson (Jonh Cassavetes) é contra a eutanásia e está determinado a manter Ken vivo, contra sua vontade. O médico usa o argumento de que ele está deprimido e, portanto, mentalmente incapacitado de tomar essa decisão.

Ken recorre à Justiça para ter o direito de deixar o hospital – sem cuidados médicos com a hemodiálise, ele morrerá em poucos dias.

O filme retrata muito bem a discussão em torno do direito à autodeterminação do indivíduo e da posição do médico e da própria medicina diante do direito fundamental do paciente de decidir se deseja continuar vivendo ou não.

Lançamento: 2 de dezembro de 1981 (EUA)

Diretor: John Badham

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A morte voluntária assistida (MVA) é um direito civil ainda indisponível no Brasil.

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